imunização

VÍDEO: idosos fazem fila para recuperar segunda dose da vacina da Covid-19

Leonardo Catto

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
Cartaz passava orientações para quem procurou a segunda dose no local errado

A segunda dose da vacina de Covid-19 para idosos a partir de 77 anos foi no último sábado, 10 de abril. Foram 2.306 idosos imunizados na data. Porém, 630 que tomaram a primeira dose em 13 de março deixaram de comparecer a um dos seis pontos de Santa Maria no final de semana. Os locais foram destino de alguns na manhã desta terça-feira, data que constava na carteirinha de vacinação. Parte do grupo ficou sabendo depois do sábado sobre o dia correto da ação de segunda dose nos mesmos locais da primeira. 


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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Anselmo Cunha (Diário)
Nesta terça-feira, fila foi grande na UBS Erasmo Crossetti 

O complemento da imunização seguiu, na Policlínica Erasmo Crossetti, na segunda e nesta terça. No primeiro dia de remanejamento, a fila de idosos se estendeu pela Rua Floriano Peixoto quase até a esquina com a Avenida Presidente Vargas. Nesta terça-feira, o cenário foi o mesmo e mais pessoas fizeram fila nesta tarde para garantir o complemento vacinal. Por volta de 14h, a fila chegava até perto da Avenida Presidente Vargas. Eram cinco profissionais aplicando a dose, mas pela quantidade de pessoas que foram até o local, foi preciso esperar. Idosos reclamaram que não havia local para sentar e por ter de esperar sob o sol, e alguns recorreram à cadeiras de praia enquanto aguardavam a vez. Uma servidora do posto conversa com as pessoas na fila para esclarecer dúvidas e dar orientações. Guardas Municipais chegaram ao local e ajudaram na organização da fila. Ainda não há números confirmados pela prefeitura, mas as equipes estimam que na segunda-feira cerca de 200 pessoas foram até o local e nesta terça cerca de 400. 

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SURPREENDIDOS NO LOCAL DA PRIMEIRA DOSE
Entre os idosos e acompanhantes que aguardavam na segunda-feira, o lamento era o mesmo: eles não souberam da ação do último sábado e contavam com a imunização na terça, 13 de abril, data indicada na carteira de vacinação. Alguns deles chegaram a procurar o local onde tomaram a primeira dose, acreditando que lá receberiam a segunda. 

Em março,  Wilma Lopes, 77 anos, foi até o Clube 21 de Abril, no Bairro Itararé, onde, em março, recebeu a primeira dose. Ela esperava ir ao mesmo local na terça, mas viu um post de um conhecido que tomou a segunda dose no sábado. Então, a idosa procurou quando poderia ir novamente. A informação veiculada em uma notícia do Diário a levou para a Erasmo Crossetti na segunda-feira.

- Até então, eu estava esperando para o dia 13. Mas vi alguém postando antes - contou pouco antes de chegar a sua vez na fila.

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
Wilma mostra a carteira de vacinação com a data de 13 de abril prevista para segunda dose

Fazer o caminho do bairro até o Centro foi comum também para Ely Dutra Pedrollo, 77 anos. Ela tomou a primeira dose na Associação Comunitária Tancredo Neves.

- Vim de ônibus, né? Lá era mais fácil, mas perdi. Eu estava esperando o dia 13. Passam ônibus lotados, e não subo porque não param - lamentou.

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Por volta das 8h de terça-feira, pelo menos sete idosos já haviam ido até o Colégio Marista, no Centro, para a vacinação. Eles perguntavam na guarita de entrada da escola. O funcionário avisava que a etapa já havia ocorrido no sábado e os orientava a procurar a Policlínica Crossetti à tarde. Uma delas foi Maria Vieira Veiga, 77 anos. Ela foi cedo para onde haveria uma espera se fosse dia de vacinação. Moradora de Camobi, Maria não pretendia ir embora.

- Acordei às 3h, porque rezo o terço. De manhã, peguei um aplicativo para vir aqui. Depois, tenho consulta no Hospital Geral de Santa Maria. Aí vou ficar no Centro para, à tarde, vacinar e ver se consigo ir à consulta - desabafou.

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
Maria recebeu do porteiro do Colégio Marista o endereço por escrito da Policlínica Erasmo Crossetti

A reportagem do Diário também encontrou idosos que buscavam a segunda dose na Associação Comunitária Tancredo Neves. Por volta de 8h40min, seis idosos passaram pelo local, surpresos por não haver ação. Um cartaz fixado na grade avisava sobre a imunização na unidade do Centro.

- Eu moro sozinha, não dependo de ninguém para vir aqui. Mas chego aqui e não tem. Acho que consigo ir. Tenho uma sobrinha, vou ver se ela me leva. Senão, vou ter que pegar o ônibus - contou Vilma Vargas Rodrigues, 77 anos, em frente ao local onde tomou a primeira dose há um mês.

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AJUDA DO ESTADO
A Secretaria Estadual da Saúde (SES) quer enviar relatórios com nomes de todos idosos que podem tomar a segunda dose contra a Covid-19. A base dos dados é o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI), abastecido pelos municípios, que são os responsáveis pela aplicação das vacinas. Os relatórios serão encaminhados nos próximos dias na tentativa de acelerar a imunização.

EXPLICAÇÃO
A prefeitura, em nota, diz que a data marcada na carteira de vacinação é apenas uma referência para o vacinado. A previsão é feita com antecedência e nem sempre coincide com as datas de ações de vacinação.

Nesta caso específico (quem fez a primeira dose, com CoronaVac, em 13 de março), o tempo recomendado pelo Ministério da Saúde era de 28 dias. O prazo correspondia a 10 de abril.

O município reforça que quem já tomou a primeira dose fique atento a informações oficiais. Em caso de dúvidas, o telefone do Setor de Imunizações está disponível na carteira de vacinação.

A bula disponibilizada pelo Instituto Butantan, que produz a vacina no Brasil, indica o intervalo entre cada dose de duas a quatro semanas (14 a 28 dias). O documento orienta que, caso não seja aplicada a segunda, a pessoa procure orientação médica.

CENTRAL DE DÚVIDAS DA VACINA

  • TELEFONES - (55) 3025-9724, 3025-9727, 3025-9750, 3025-9744 e 3025-9732
  • WHATSAPP - (55) 99941-7717 e (55) 99608-9860

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